sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Criaturas magnificas, guiadas pela natureza para o arrancar da super reprodução. Sem sentimentos menos afortunados, arrepiam o olhar alheio com a nítida lembrança de que um dia foram civilizados. O surrado sorriso não diz mais nada ao levantar-se do eterno leito. Sem mentiras, apenas distorcidas verdades eles se firmam entre nós, sem compartilhar dos desejos reciprocuos nos querem igualmente.
" Essa interessante criatura, temendo que a necessidade de uma partida imediata de rever sua mae, atira-se aos prantos sobre seu seio. A condessa falsa o bastante para ocultar as atrocidades que esta meditando sob aparencias de ternura, beija a filha e mistura suas lagrimas ás dela. Amélie solta-se, corre para seus aposentos; abre a funesta sala ilumindada por um raio tenue e na qual Monrevel, punhal na mao aguarda seu rival para derruba-lo. Tao logo ve aparecer alguem que tudo lhe faz tomar pelo inimigo que procura, lança-se a ele impestuosamente, ataca sem ver e deixa no chao, nas poças de sangue, o objeto pelo qual mil vezes teria vertido todo o seu.
- Traidor! - logo exclama a condessa, surgindo com tochas. - Eis como me vingo de teu desprezo. Reconhece teu erro e vive depois se puderes.
 Amélie ainda respirava. Dirige, gemendo algumas palavras a Monrevel. 
- Ó doce amigo! - diz-lhe enfraquecida pela dor e pela abundancia de sangue que esta perdendo...-Que fiz eu para de tua mao merecer a morte?... Entao sao estes os laços que minha mae preparava para mim? Vás em nada te censuro: o céu faz com que eu veja tudo nestes ultimos instantes... Perdoa-me Monrevel, por ter de ti escondido meu amor. Deves saber quem a isso me forçou: que minhas ultimas palavras te convençam, pelo menos, que nunca tivestes uma amiga mais sincera do que eu... que te amava mais do que a meu Deus, mais do que a vida, e expeiro adorando-te..." ( pag.205-6)
   A CONDESSA DE SANCERRE OU A RIVAL DA FILHA. OS CRIMES DO AMOR- Marques de Sade.
Em um irreal lucido, nos encontramos a beira do caos. Em retratos desaparecidos eu te vejo, eu te sinto. Somos abelhas, sonambulas de esperança, por uma virgula apenas. Irrisórios somos sós, sem se quer deixarmos a poeira a nossa beira, nos queimamos neste mar gelado de suor. sonhamos limpos pelas forças do destino,sem remeter a verdade, olho o absurdo aqui nas tuas maos. E agora, sonho Meu, Eu nao quero mais te amar.



terça-feira, 11 de setembro de 2012

Em momentos de desequilibrio perde-se toda a esperança, de um dia ter de volta o que hoje fora só lembrança. Seguem-se os caminhos, mas nada se faz forte porque entre os homens nao se traz a sorte, esta que em alguns lugares dita como sonho bom ou como maldiçao, o voar nao nos segue neste corredor solar.  INACABADO
" ... e cada um de nós nao é para si mesmo mundo inteiro, o centro do universo?" (A FILOSOFIA NA ALCOVA - D.A.F De Sade )

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

" Chorar? O que nos resta? Amar? O que nos resta? Sonhar? O que nos resta? Rezar? é o que nos resta.

Tantos choros, lamentaçoes, gritos, nunca sao ouvidos. Nao se perdoa, nao se ama, nao se sonha.
 O que se domina?
 O que se sonha?
O que se ama?"
 
compreensao, liberdade, vontade, prazer, conselhos, amizade, cumplicidade..................................................................................
  o que nos transforma?
 sera que sempre fomos o hoje?
 onde iremos chegar?
amamos?
quem?
 nos amamos?
saberemos algum dia se amamos?
saberemos algum dia se nos amamos?
o que saberemos?
algum dia sera que saberemos se soubemos alguma coisa?
quem sabera?
algum dia ouviremos?
algum dia ouviremos alguem?
algum dia ouviremos a verdade?
algum dia a verdade sera ouvida?
até onde nos falta a verdade?
até onde sabemos  a verdade?
até onde a verdade sabe?
quem sabe a verdade?
que verdade se sabe?
onde acaba a nossa incerteza?
até onde  a incerteza nos faz chegar?
até onde a incerteza nos faz falar?
até onde a incerteza nos faz rezar?
até onde a incerteza nos faz querer amar, nos faz amar?
queremos a incerteza?
a incerteza nos possui! a incerteza nos domina? até onde?
 
SEGREDOS: segredos sagrados, segredos e enredos, mistérios e segredos, segredos e desejos. momentâneos segredos e segredos vividos. curiosos e segredos, felizes e morrendo, os segredos guardados, rabiscados foram aqueles segredos.  sem querer apairana, os segredos vivem em medos. os ruídos nos remetem a montanhas. feitiços e lagrimas invadem secretas lacunas, que não existem em liberdades não profundas, não ditas, não exploradas. As montanhas de segredos que pertencem aos nossos medos imaginários, fantástica mentira transgredida pelo poder do irreal, nos traz aflição e não a moral. lógica é o segredo nas alturas enquanto pensamos sem corrente e sem corte, apenas sonhos nos levam os segredos, esses excedidos e suprimidos em cores não vivas sem falar, aumentam a audencia de todos os que nao querem pensar, nem aneis, nem setros. nao se quer mais cruzes, nao queremos mais cruzes, mordaças, chega de chicotes. o esquema acabou. e o lustre sucumbi o ceu, que nao é mais azul. nem os verdes ouviram mais. só resta memoria arrasada da brasa do desejo que cresce e vem mais fundo arde e queima a chama da tristeza que as vezes faz chorar e rir, mas o que esta acontecendo meu segredo nao é mais oculto, nem insatisfeito. procura- se outros segredos, os medos se tornaram imbativeis.
Que tortura é essa que me faz sorrir e me faz querer viver mais em sonho e não mais em realidade.
 Para não chorar não perca a esperança da felicidade de se sentir completo, esta felicidade que só se sente com o respirar alheio daquele que se procura estar perto. Não minta, pois se sabe o sentimento, sabe-se o tocar, o olhar, aquela segurança.
Sabe agora não estou junto, mas sinto a tua força contraindo os meus músculos, reprimindo a voz que sai espontaneamente, as vezes até por querer, essa dor que se quer sentir, a vontade que nos faz chorar. A ternura de não amar.
" Nao se permita nao sorrir. Sentimos os nervos e as vertebras, mas nao pare. nao o negue. Nao feche os olhos, nao finja que ele nao esta aqui pronto para te chamar, te querer, te curar."

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

vamos falar agora de opiniao, que nome voce daria para o nada?
 que nome voce daria para o irreal, tao necessario, perplexo, e sem comentarios.
que vamos fazer com as fantasias, os sonhos,
onde estao as utopias?
o que é escrever?
o que é viver?


onde vamos chegar?
"O HOMEM ESTA SUJEITO A DUAS FRAQUEZAS INERENTES Á SUA EXISTÊNCIA, QUE A CARACTERIZAM. POR TODA PARTE CUMPRE QUE ele reze, POR TODA PARTE CUMPRE que ele ame, EIS A  BASE DE TODOS OS ROMANCES : FÊ-LO PARA PINTAR OS SERES A QUEM implorava, FÊ-LO PARA CELEBRAR AQUELES A QUEM amava..." ( D.A.F de Sade)