quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

querer-te solta
querer-te má
querer-te involuntária
querer-te obliqua
querer-te risonha
querer-te feliz
querer-te como és
querer-te como Ele te fez
querer-te aqui
querer-te apenas para mim
querer-te valiosa
                                        querer-te saborosa
                                        querer-te maravilhosa
                                        querer-te frívola
                                        querer-te rigorosa
                                        querer-te rica
                                        querer-te fingida
querer-te espaçosa
querer-te vigente
querer-te não como flor
querer-te como terra
querer-te madura
querer-te generosa
querer-te magnânima
querer-te indelicada
querer-te como a lua
querer-te como o universo
querer-te além
querer-te sobrevoando vidas.
Minha  querida FADA madrinha
de dias tristes
estou cansada
de noites frias
estou amargurada
viagens cheias de alegria
é o que eu não tenho
temor
não preenche
nada preenche
lacuna dura
tão oca
é escura
nadava eu nas margens do rio do nunca mais
quando o vi
sorrindo
pedindo
mentindo? Não sei!
mas o perfume dos seus olhos
me deixaram paralizada
pois me vi
em cada passo
que ele dava.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Reza
 choca
amolece
a noite se vai
solta aquele ar sereno
pela boca
aquele veneno
que me suga
me gira
me inunda
que pula
360º

Amores e sonetos
sorrisos travessos
sentimentos mortais
para um dia a mais
viver sorrindo
sonhando
para mais tarde acordar saltitando
Musas 
Musas que enfeitiçam
que fazem cabeças rolarem 
Musas que deslumbram
que fazem chorar e que fazem amor
Soluços e mundos
mundos não bastariam
para a inspiração
que despertas

Musa agradeça ao teu poeta

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

verbo
maquinista
sulista
mente
remente
retoma
remonta
abastece
emburrece
aquece
só entristece
não enlouquece
só reveste
na saudade
envaidece
na ternura
rejuvenesce
na censura
a amargura
que anoitece
enfraquece
na tontura
amolece
na aventura
um moleque.

Soluços somente
sem suar solenemente
solto sobre o sol
sobrevoando a saudade
Ele
severo e sóbrio
saboreando a sádica
sem séculos
sem ser
sacudindo o sagrado
sem salvamento
sem saltar
na selva
a sangrar
santo
manto.
Secam as saudosas
secretas
como seda e sedução
se derretem na segregação.
Seguem
seguram
se movimentam
na seiva ou num seio
que se faz de um sereno.





Imortal até o fim
reconhecimento inesperado
da verdade amarga e fria
longínquo sol do viver
apaga as amarguras do meu ser
envolve-me na tua mente
e sinta para sempre o amanhecer
resíduos da ilusão
sobrevivem dentro de mim
inconstante milagre do dia
inconstante Homem da noite
te solta, emerge, envolve, retorce
acomoda o travesseiro
feche os olhos
sonha
acorda
respira
muda
não finja.